Fórmula 1: GP da Toscana, domínio da Mercedes e vitória do Hamilton
- Adeildo Velôso da Silva
- 13 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Lewis Hamilton venceu o GP da Toscana de Fórmula 1 e a Mercedes acabou por ganhar tudo na corrida que fazia a festa do grande prémio 1.000 da Scuderia Ferrari.

Lewis Hamilton conquistou, este domingo, a sétima vitória da temporada, desta feita ao conquistar um Grande Prémio da Toscana em Formula 1 que ficou marcado por uma invulgar série de incidentes.
Para ‘inicio de relato’, o GP da Toscana teve três partidas da grelha, para além de uma partida largada após a entrada do primeiro Safety Car em pista, e esta aconteceu logo na primeira volta.
Bottas foi quem partiu melhor no arranque do grande prémio e tomou de assalto a liderança, que Hamilton não conseguiu segurar saindo da pole position. Charles Leclerc também saiu muito bem fazendo a Ferrari sorrir com um inicial terceiro lugar, mas os carros italianos iriam acabar por voltar a fazer uma prova de sobrevivência...
Max Verstapppen tinha passado o tempo entre as voltas de instalação e a partida com os mecânicos de volta do seu Red Bull e, após a largada, o seu carro acabou mesmo por não corresponder sendo ‘engolido’ pelo pelotão e acabando por ser abalroado num primeiro acidente que deixou também o vencedor da semana de passada de fora: Pierre Gasly (AlphaTauri).

Bottas teve pouco tempo para desfrutar da liderança. Limpa a pista, recolhido o Safety Car, o finlandês preparou-se para largar para o recomeço, mas atrás de si, um novo e mais forte acidente voltou desde logo a provocar nova interrupção e, desta vez, com bandeiras vermelhas a parar mesmo a prova.
Com o pelotão dividido entre um primeiro grupo à espera que Bottas carregasse no acelerador e um segundo que carregou cedo de mais Carlos Sainz Jr. (McLaren) iniciou uma carambola de choques que envolveram também Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo), Kevin Magnussen (Haas) e Nicholas Latifi (Williams).
Desta vez, o recomeço da corrida ficou marcado para uma partida parada na grelha, já sem Esteban Ocon (Renault) que não regressou das boxes devido a problemas mecânicos. E, desta vez, Bottas não partiu tão bem. Com uma dezena de voltas marcadas, Hamilton recuperou o primeiro lugar. E, bem vistas as coisas, não mais deixou Bottas ameaçar-lhe a liderança deixando o seu companheiro de equipa sempre a uma distância fora do uso de DRS, mesmo incluindo a nova paragem que anda iria acontecer...
Quando a luta pelo terceiro lugar já parecia estar destinada a três pilotos, Stroll foi traído por uma falha na roda esquerda traseira, que poderá ter estado ou no pneu ou na suspensão, e sofreu um violento despiste com paragem nos muros de protecção. Após o sétimo de oito carros de fora por acidente, novas bandeiras vermelhas; nova interrupção.
Na terceira partida parada do dia, Hamilton não só não vacilou, como Bottas ainda partiu pior e foi mesmo ultrapassado por Ricciardo. O campeão do mundo e líder do Mundial seguiu tranquilo para sétima vitória da época. Bottas recuperou a segunda posição, mas não conseguiu mais do que minimizar os estragos pontuais.
E acabou por ser a batalha pelo terceiro lugar a manter o tempero da animação. Albon confirmou que o Red Bull estava melhor do que o Renault para a última parte da prova e o tailandês conseguiu finalmente o tão esperado primeiro pódio da carreira.
Numa corrida em que apenas Mercedes e Ferrari terminaram com os dois carros, a equipa campeã do mundo levou tudo o que havia para levar com Hamilton a carimbar a vitória 90 da carreira e a ficar a apenas a uma de igualar o recorde de Michael Schumacher. A Scuderia apenas pôde consolar-se com dois carros nos pontos no seu milésimo grande prémio.

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