Giro d'Itália: João Almeida alcança o quarto lugar e Geoghegan Hart vence 103.ª edição
- Adeildo Velôso da Silva
- 25 de out. de 2020
- 2 min de leitura
O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) subiu hoje ao quarto lugar final da 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta, no contrarrelógio da 21.ª etapa, que 'coroou' o britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS).

Na última etapa do Giro, um contrarrelógio de 15,7 km ganho por Filippo Ganna, João Almeida terminou na quarta posição, apenas sendo batido por Ganna, Victor Campanaerts e Rohan Dennis.
Além do fantástico lugar do ciclista da Deceuninck-Quick Step, que vestiu a camisola rosa durante 15 dias, também Rúben Guerreiro levou Portugal à glória, conquistando uma etapa e ainda o Prémio da Montanha.
Geoghegan Hart ganhou a 103ª edição do Giro d'Italia. O ciclista de 25 anos da Ineos Grenadiers se saiu melhor do que Hindley no último contra-relógio e disputou a Corrida Rosa. Ninguém na história havia vencido o Giro sem nunca ter vestido a camisola rosa antes da última etapa (exceto Scarponi, em 2011). Grande vingança para Geoghegan Hart após a queda após a descida de Colle de Lys no ano passado e a consequente aposentadoria. O britânico havia chegado ao Giro pensando que tinha que ajudar Geraint Thomas, que estava impedido por uma garrafa de água, depois ganhou o posto de capitão nas subidas mais difíceis (primeiro em Piancavallo e Sestriere) e conquistou a vitória mais importante de sua carreira.

O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep), que hoje acabou a Volta a Itália em bicicleta no quarto lugar final, disse que espera “um dia voltar a vestir a camisola” de líder, que usou 15 dias nesta 103.ª edição.
“Até ao final, era preciso lutar e sofrer. Foi um dia duro, com 15 quilómetros a ‘top’. Estou muito feliz”, atirou o ciclista, em declarações aos jornalistas após a 21.ª e última etapa, um contrarrelógio até Milão.

Nesta derradeira tirada, o português de 22 anos, que liderou a corrida durante 15 dias, logrou ultrapassar o espanhol Pello Bilbao (Bahrain-McLaren) no quarto lugar, conseguindo o melhor resultado de sempre de Portugal na Volta a Itália, superando o quinto posto de José Azevedo em 2001.
“O meu objetivo era o ‘top 10’ e já era muito ambicioso. Terminar em quarto é um sonho. Estou muito grato a toda a minha equipa pelo que fizeram, ‘staff’, colegas de equipa, tudo”, atirou.
Para 2021, não avança já objetivos, mas faz um balanço positivo da primeira grande Volta da carreira, mesmo que o entusiasmo tenha sido “bastante” e se queira “sempre mais e mais”.
“Quinze dias de rosa é uma coisa impressionante e espero um dia voltar a vestir a camisola”, confessou.
Para o futuro, quer continuar a “lutar pela geral” em grandes Voltas, ainda que hesite em classificar-se, já, como voltista. Almeida descreveu o que conseguiu como “um bom feito” e vai manter “o foco na geral e em corridas de uma semana”.
“É bom levar a bandeira portuguesa numa grande Volta, e é impressionante estar à altura do José Azevedo”, explicou.


Comentários