Giro d'Itália: João Almeida perde tempo, mas continua de rosa
- Adeildo Velôso da Silva
- 18 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Almeida perdeu 35 segundos para Kelderman mas manteve a camisola rosa, com 15 segundos de vantagem para o holandês.

João Almeida continua a vestir a camisola rosa no Giro D'Italia. Este domingo, na 15.ª etapa, o ciclista português sentiu dificuldades, mas foi enorme ao não desistir nos quilómetros finais e ao terminar esta etapa na 4.ª posição.
Geoghegan Hart, Kelderman e Hindley fugiram nos últimos 10 quilómetros e João Almeida não conseguiu acompanhar os três adversários. O homem da INEOS, Geoghegan Hart, venceu a etapa, mas o grande resultado foi também para o holandês Kelderman, que reduziu a distância para o português.
João Almeida tem agora apenas 15 segundos de vantagem para Kelderman, depois de acabar esta 15.ª etapa a 37 segundos do vencedor, Geoghegan Hart, e a 35 do holandês Kelderman.
Aos jornalistas, Almeida explicou que este foi "um festival de sofrimento até ao final" e que já esperava "que alguém atacasse", acabando por ser o segundo à geral, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), que esteve "super forte".

"Hoje foi uma etapa muito dura, a velocidade era muito alta na frente. Mas estou contente por ainda estar com a camisola rosa. É preciso ser inteligente após duas semanas e conhecer bem o seu corpo. Eu podia ter perdido a camisola cor-de-rosa nas mãos do Kelderman, agora ainda temos uma semana à nossa frente", começou por dizer João Almeida, que estava visivelmente cansando no final da prova.
"No fim da etapa não quero saber da minha cara [expressões de dor no final], só quero manter a camisola. Sofri muito no final, mas mantive a camisola e estou orgulhoso", acrescentou.
Daqui para a frente, diz, o objetivo "é o mesmo". "Vou continuar a defender a camisola e vamos ver quão longe posso ir. Sem a equipa, isto não seria possível. São menos de 20 segundos [de margem], mas vou defender-me", atirou.
Mesmo perante um objetivo "quase impossível, muito difícil" de vencer o Giro na estreia em grandes Voltas, e aos 22 anos, "segurar a rosa" um número recorde de dias, 13, para um sub-23 é "muito especial".
"Retirei o auricular [do rádio] porque estava tão concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa", explicou.
Está "muito feliz" de seguir com a ‘maglia rosa' e garantiu que o segundo dia de descanso, na segunda-feira, vai ajudar a defender a liderança nos próximos dias, depois de hoje "Kelderman ter sido super", mas "não se pode ser super todos os dias".
"Vamos tentar noutro dia", assegurou.


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