Microsoft Edge ou Google Chrome? Qual o melhor?
- Adeildo Velôso da Silva
- 17 de set. de 2020
- 3 min de leitura
Uma análise de benchmark da AnandTech mostra que o Microsoft Edge baseado no Chromium já consegue melhor desempenho do que o Edge clássico e o próprio Google Chrome. E ainda tem espaço para melhorar.

Na guerra pela supremacia do mundo dos browsers há muito mais a considerar do que só a velocidade e a duração da bateria. O Chrome da Google continua a dominar em termos de utilização, mas a mudança do Edge para Chromium veio trazer novos argumentos à Microsoft, e a verdade é que com as últimas actualizações as novas versões dos navegadores web apresentam resultados de desempenho muito semelhantes, como nota a AnandTech na análise que hoje publica.
Mesmo assim Microsoft Edge se saiu melhor do que o rival Google Chrome em uma série de testes. O navegador da Microsoft foi superior nos quesitos velocidade e consumo de bateria, segundo análise do portal especializado Anandtech, divulgada na última quinta-feira (10). Além do browser do Google, a avaliação levou em conta o desempenho do Opera, Firefox, Internet Explorer e da versão clássica do Edge, antes da reformulação. Desde Janeiro de 2020, o navegador nativo do Windows deixa de usar núcleo próprio e adota o Chromium, versão em código aberto do Chrome.
As diferenças não eram enormes, mas são consistentes, destacando-se também o Mozilla Firefox que marcou algumas vitórias e quase obteve a mesma pontuação do HTML5.
Com os websites a tornarem-se cada vez mais complexos, o desempenho de script do navegador continua a ser extremamente importante e na análise o site usou vários testes de script baseados na web. O Speedometer 2.0 foi um dos usados, mas também outros benchmarks mais antigos foram a teste.
Mais importante é porém a análise de desempenho com o HTML 5, consoante as especificações usadas, WebGL e IndexedDB / Web SQL. Aqui o Chrome e o Edge empatam, o que significa que, em teoria, os dois navegadores são compatíveis com mais sites, embora depois na prática isso possa não acontecer.
No benchmark Speedometer 2.0, criado pela Aplle, o Edge obteve 132.000 pontos, cerca de 13,7% a mais do que os 116.000 pontos do browser do Google. Já nos testes JetStream 2 e Octane 2.0, o navegador da Microsoft continuou à frente, porém com uma margem menor. O Edge perdeu apenas uma medição de velocidade para o Firefox e outra para o Opera, ambas por uma pequena diferença. Já no teste Kraken 1.1, criado pela Mozilla, o antigo Internet Explorer ficou na liderança, embora tenha amargado a última posição no restante da análise.

No teste de bateria, a nova versão do navegador da Microsoft se saiu novamente melhor do que o Chrome. No entanto, a vantagem não chegou a ser substancial. Os navegadores foram colocados à prova em uma série de actividades em sequência até esgotar a bateria de um notebook Surface Laptop 3 de 15 polegadas com brilho da tela ajustado para 200 nits. Ao final da pilha de tarefas, o Edge havia entregado 17 minutos a mais de autonomia.
O Microsoft Edge clássico foi o verdadeiro vencedor nesse quesito. Segundo os especialistas que conduziram o teste, o navegador antigo durou quase uma hora e meia a mais do que a nova versão com código do Chrome. A análise mostrou também que, apesar de ser conhecido pelo alto consumo, o Chrome poupou mais energia do que o Opera e o Firefox.
Segundo a AnandTech, todos os navegadores foram testados pelo menos duas vezes, com exceção do Internet Explorer 11, que não foi testado.
É natural que a Microsoft tenha optimizado o Edge para funcionar de forma mais fluída no Windows 10, integrando todo o ecossistema, mas este resultado resulta também do facto do novo browser ter uma versão mais "limpa" do Chromium do que o próprio browser da Google, tendo sido eliminados alguns recursos nativos e por isso acelerando o desempenho. E aqui há que esperar ainda melhorias. O Chromium Edge esteve algum tempo nas versões alfa e beta e a nova versão foi lançada no início deste ano, chegando aos PCs através da actualização automática do Windows 10 em Junho, pelo que pode existir ainda espaço para upgrades.
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