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Azerbaijão acusa Arménia de bombardear área durante cessar-fogo

Sete pessoas morreram e 33 ficaram feridas em bombardeamentos contra a cidade de Gandja, no Azerbaijão, apesar do cessar-fogo que supostamente vigora desde sábado, indicou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros deste país, acusando forças arménias pelo ataque.

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"Novo ataque com mísseis pelas forças arménias numa área residencial de Gandja, a segunda cidade do Azerbaijão. Sete mortos e 33 feridos", escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros na sua conta no Twitter, publicando fotos dos bombardeamentos.

A acusação foi desmentida pelo Ministério da Defesa arménio no enclave de Nagorno-Karabakh, que negou ter bombardeado Gandja. "É uma absoluta mentira", referiu, garantindo estar a "respeitar o acordo de cessar-fogo humanitário" e acusando o Azerbaijão de ter atingido "Stepanakert, Hadrut, Martouni e outras zonas populosas".

Segundo a agência AFP, a cidade de Stepanakert, capital regional do Nagorno-Karabakh controlada pelos separatistas arménios, foi alvo de bombardeamentos esta noite.

Os jornalistas da AFP no local reportaram três a quatro ondas de bombardeamentos seguidos por uma dúzia de explosões.

Metade dos moradores da cidade de 55 mil habitantes deixou a área para fugir dos conflitos. Alguns bairros foram fortemente afetados nos últimos dias, com edifícios totalmente devastados e uma cratera, por exemplo, provavelmente formada por uma bomba muito pesada, talvez pesando 500 kg e que causou muitos danos ao seu redor.

Estes bombardeamentos ocorreram apesar do cessar-fogo entre a Arménia e o Azerbaijão que, teoricamente, entrou em vigor ao início da tarde de sábado e foi negociado através de uma mediação da Rússia após duas semanas de intensos combates pela região separatista do Nagorno-Karabakh.

O cessar-fogo acordado pela Arménia e pelo Azerbaijão no enclave separatista de Nagorno-Karabakh entrou em vigor no sábado (10). O objetivo era encerrar duas semanas de intensos combates. Uma sirene marcou o início da trégua.

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, explicou, em comunicado, que os parâmetros específicos da implementação do cessar-fogo serão acordados posteriormente.

A região de Nagorno-Karabakh, que fica dentro do Azerbaijão, tem 140 mil habitantes, e 99% deles são armênios. Os combates entre separatistas e azeris começaram em 27 de Setembro. De acordo com contagens oficiais, o conflito deixou mais de 300 mortos.

No centro das deterioradas relações entre Erevan e Baku encontra-se a região do Nagorno-Karabakh, no Cáucaso do Sul, onde há interesses divergentes de diversas potências, em particular da Turquia, da Rússia, do Irão e de países ocidentais.

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