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Bielorrússia: Quinto domingo com protestos

Milhares de bielorrussos voltaram a protestar, neste domingo (6), contra a reeleição do presidente Alexander Lukashensko, que ocupa o cargo desde 1994. Autoridades policiais isolaram o centro da capital de Belarus, Minsk, buscando proteger locais estratégicos.

Um movimento de protesto sem precedentes no país.

Exibindo as cores branca e vermelha da oposição, a multidão convergiu de diversos bairros em direção ao centro da cidade.

As autoridades mobilizaram um forte dispositivo de segurança com bloqueio de ruas e a presença de centenas de agentes com veículos blindados e canhões de água.

No sábado foram cerca de 5.000 mulheres que desfilaram na capital bielorrussa, pedindo a demissão do Presidente Alexander Lukashenko, enquanto estudantes universitários também se manifestavam contra a detenção de colegas noutros protestos.

Lukashenko, 66 anos e que há 26 lidera a ex-república soviética de 9,5 milhões de habitantes, tem acusado os manifestantes de serem "marionetas" do Ocidente.

De acordo com a organização de defesa dos direitos humanos Viasna, pelo menos 37 pessoas foram presas neste domingo. Entre elas, estão líderes de movimentos grevistas em fábricas, além de Serguei Dilevsky e Olga Kovalkova, membros do "Conselho de Coordenação". O objetivo do órgão é promover uma transição pacífica de poder.

Segundo o presidente Lukashenko, os protestos são uma "conspiração ocidental". Ele se mantém firme e aparece regularmente na mídia local com um fuzil em mãos, para denunciar os "ratos" que protestam contra ele.

Da Lituânia, onde está refugiada, Svetlana Tikhanovskaïa deixa apelos, como este, aos manifestantes: "Lembrem-se que seremos fortes enquanto estivermos unidos".

Esta sexta-feira, a candidata à eleição presidencial deixou também um apelo à comunidade internacional para que aprove sanções contra o regime de Alexandre Lukashenko e para que envie uma missão da ONU para a Bielorrússia para documentar as violações dos Direitos Humanos e a repressão das manifestações, com numerosos casos de tortura, dezenas de feridos e, mesmo, três mortes.

A Rússia que desde o início da crise tem denunciado a "ingerência ocidental", intensificou o apoio à Bielorrússia. Esta semana o primeiro-ministro, Mikhaïl Michoustine, esteve em Minsk.

Os Estados Unidos, a União Europeia e diversos países vizinhos da Bielorrússia rejeitaram a recente vitória eleitoral de Lukashenko e condenaram a repressão policial, exortando Minsk a estabelecer um diálogo com a oposição.




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