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Bolívia: Decreta emergência nacional por incêndios na fronteira com o Brasil

Presidente interina buscou ser enérgica no combate às queimadas para se diferenciar de Evo Morales, muito criticado pela resposta que deu aos incêndios de 2019.

“A atenção do incêndio como emergência nacional vai nos permitir atuar sem travas burocráticas e mobilizando todos os recursos para que o fogo não avance, para frear as chamas, e assim teremos a oportunidade e a chance de cuidar da nossa flora e fauna”, afirmou Áñez, durante um evento em Santa Cruz.

A líder interina anunciou também a revogação de normas emitidas pelo ex-presidente Evo Morales em julho de 2019, que deram sinal verde para as queimadas controladas para atividades de agricultura e pecuária, em terras privadas e comunitárias, nos departamentos de Santa Cruz e Beni.

“Estão perguntando se recorreremos à ajuda internacional… dizemos que vamos recorrer absolutamente a tudo que nos ajudar a controlar os incêndios, a evitar a desgraça que vivemos no ano passado”, afirmou Áñez. A presidenta também prometeu agir energicamente contra os responsáveis pelas queimadas, se conseguir identificá-los

A presidente interina, Jeanine Áñez, sobrevoou a região que sofre há dois anos consecutivos com a seca.

Com esse decreto, a Bolívia consegue receber ajuda internacional para combater o fogo.

De acordo com o governo, cerca de 500 mil hectares do país estão sendo afetados pelos incêndios. O departamento mais impactado é Santa Cruz, onde fica a região de Chiquitanía, área entre a Amazônia e Chaco, que em 2019 foi muito afetada por incêndios florestais.

As eleições presidenciais no país estão marcadas para Outubro. Áñez chegou a concorrer, mas ela desistiu na quinta-feira (17).

A presidente interina buscou tomar ações mais firmes contra os incêndios, especialmente para se diferenciar do ex-presidente Evo Morales, que foi muito criticado por sua atuação nas queimadas de 2019.

Até agora o Governo interino de Áñez, que mudou muitas orientações do Governo anterior, não tinha emendado nenhuma das “normas incendiárias” que herdou. Por outro lado, facilitou e ampliou a importação de sementes geneticamente modificadas, uma medida que também é considerada favorável ao desmatamento. A presidenta nasceu em Beni, um departamento amazônico com grande atividade pecuarista, na fronteira com Rondônia. Seu partido é o Movimento Democrata Social, oriundo do leste boliviano e, por isso, estreitamente relacionado com a agroindústria nacional.

Ela revogou um decreto de Morales que autorizava queimadas para abrir espaço para a criação de gado.

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