Brasil: Bolsonaro diz agora que possibilidade de segunda vaga é "conversinha"
- Adeildo Velôso da Silva
- 14 de nov. de 2020
- 1 min de leitura
Esta é a segunda vez esta semana que o presidente brasileiro desvaloriza o impacto da pandemia.

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira (13) o que chamou de “conversinha” sobre possível segunda onda da covid no país, doença que já matou mais de 164 mil e infectou 5,78 milhões de pessoas no Brasil.
Bolsonaro, que meses atrás classificou os efeitos do Coronavírus como apenas uma "gripezinha", afirmou agora que a segunda vaga da doença é apenas conversa de quem tenta assustar a população.
O presidente, que já havia reclamado na terça-feira da tentativa de, segundo ele, amedrontar a população com a possibilidade, afirmou que uma segunda onda, se ocorrer, terá de ser encarada.
“Agora tem essa conversinha de segunda onda. Se tiver, tem que enfrentar. Se quebrar de vez, seremos um país de miseráveis”, disse Bolsonaro a apoiadores.
Os apoiadores, que o aplaudiram, como sempre fazem independentemente do que ele diga.
Na terça-feira, o presidente afirmou que era preciso enfrentar a pandemia de “peito aberto” e defendeu que o Brasil tem de deixar de ser “um país de maricas”.
“Tudo agora é pandemia. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer um dia… Não adianta fugir disso, da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas, pô”, declarou, em cerimônia no Palácio do Planalto.
As declarações do presidente ocorrem em meio a temores de uma segunda onda no país. A Europa já passa pelo problema, com uma fortíssima alta de novos casos e mortes, e vários países da região adotaram duras medidas de lockdown na tentativa de conter a disseminação do vírus.
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