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Brasil: Governador de São Paulo diz que que vacina foi segura para 94,7%

Segundo dados divulgados pelo Governo de SP, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,3% daqueles que foram imunizados, sendo os mais frequentes dores leves no local da aplicação (3%), fadiga (1,5%) e febre moderada (0,2%).

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários que participam de teste na China não apresentaram efeito adverso à Coronavac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceira com o Instituto Butantã. O dado faz parte de um estudo divulgado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (23).

"Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostram um baixo índice de apenas 5,3% de efeitos adversos e de baixa gravidade, a maioria destes casos apresentou apenas dor no local da aplicação da vacina", acrescentou.

A pesquisa testou a segurança da vacina em 50.027 voluntários na China. De acordo com os dados divulgados pela gestão estadual, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% dos participantes. As reações mais frequentes foram dores leves no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre moderada (0,21%). Os números foram divulgados em coletiva de imprensa.

"Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram baixo índice de efeitos adversos e de baixa gravidade. Efeitos adversos de baixa gravidade são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida pelo Instituto Butantã, apresenta efeitos pouco nocivos como dor no local da aplicação, e não mais do que 10% dos que são vacinados apresentam reação dessa natureza", disse o governador.

No Brasil, que está na fase 3 de testes da Coronavac, dos 9 mil profissionais de saúde voluntários, 5.584 já receberam a dose até o último dia 21. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirma que os testes devem ser ampliados para 13 mil voluntários no país. A expansão, segundo o diretor, já foi aprovada pela Anvisa. Deverão ser incluídos nesses testes grupos considerados de risco, como idosos e crianças.

Nesta quarta-feira (23), o representante do laboratório Sinovac na América do Sul, Xing Han, participou da entrevista coletiva, acompanhado de um tradutor, e disse que daqui "um ou dois meses" os resultados finais da fase 3 devem ser divulgados.

"Deveremos, por óbvio, aguardar a finalização da terceira e última fase de testagem e seus resultados e a aprovação da Anvisa, mas já em Dezembro, na segunda quinzena, poderemos iniciar a imunização de acordo com critérios de vacinação adotados pela secretaria da Saúde do estado de São Paulo e dentro do protocolo do Ministério da Saúde", disse Doria.

Sem citar diretamente o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de quem é rival político, Doria aproveitou para mencionar que em São Paulo não discutem "a origem da vacina" : "Não estamos numa corrida pela vacina, e sim pela vida".

O governante também afirmou torcer pela aquisição e eficácia de "todas as vacinas".

Em Agosto, Bolsonaro criticou, também de forma indireta, a iniciativa de Doria de negociar a compra de vacinas diretamente com o laboratório chinês Sinovac.

"O mais importante, diferente daquela outra [vacina] que um governador resolveu acertar com outro país, vem a tecnologia para nós", disse Bolsonaro na ocasião.

O Ministério da Saúde brasileiro, por sua vez, tem um contrato para fabrico na Fundação Oswaldo Cruz da vacina em desenvolvimento pela empresa AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

Durante a conferência de imprensa Doria confirmou a informação de que o Governo brasileiro acertou o envio de 80 milhões de reais (12,3 milhões de euros) para o Instituto Butantã.

"Os 80 milhões que foram confirmados hoje pelo ministro [da Saúde, Eduardo] Pazuello e pelo Ministério da Saúde são, exclusivamente, para a nova fábrica do Instituto Butantã, implantada com investimento privado e agora com a participação do Ministério da Saúde", disse Dória, que elogiou a postura 'republicana' do Governo brasileiro.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,5 milhões de casos e 138.108 óbitos), depois dos Estados Unidos da América.

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