top of page

Brasil: Ministro diz que renovará ajuda aos pobres em caso de segunda vaga

O ministro da Economia brasileiro reafirmou hoje que se o país sofrer uma segunda vaga da covid-19, quando ainda não saiu da primeira, será renovada a ajuda financeira aos mais carenciados, que terminaria no final do ano.

"Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza [a renovação da ajuda financeira]. Vamos ter de reagir. Mas isso não é o plano A, não é o que estamos a pensar agora", declarou o ministro, Paulo Guedes, ao participar, por videoconferência, num evento da Associação Brasileira de Supermercados.

O ministro esclareceu que, nessa eventualidade, também deverá ser renovado o "estado de calamidade", decretado no país em Abril passado, que, tal como o auxílio de emergência à população mais pobre, expira no final do ano.

A declaração de Paulo Guedes, que contempla a possibilidade de uma segunda vaga da pandemia no país, contradiz de alguma forma a posição do Presidente, Jair Bolsonaro, que esta semana se queixou publicamente daqueles que "assustam" a sociedade com um possível agravamento da crise de saúde.

Ele explicou, no entanto, que no caso de uma segunda onda, o benefício provavelmente seria em valor menor aos R$ 600, repassados no início da pandemia, a partir de Abril. 

"Se vier uma segunda onda da pandemia, vamos decretar o Estado de Calamidade Pública de novo e vamos recalibrando os instrumentos e ter que recriar. Ao em vez de aumentarmos a dívida em 10% do PIB, como este ano, vamos aumentar em 4% do PIB", observou.

Ainda segundo Guedes, a prorrogação do auxílio emergencial e da criação do Renda Brasil só será discutida após as eleições municipais que ocorrem nos próximos dias 15 e 29. "Isso não pode ser discutido agora. O que a economia diz agora é: o plano 'A' é a retirada gradual dos estímulos e o plano 'B' é só se a pandemia vier", afirmou. 

Na visão do ministro, o fato do endividamento público estar próximo dos 100% do PIB é consequência de uma preferência da geração atual em rolar os custos para a geração futura. "Isso é uma falta de compromisso com a geração futura. Isso não vamos fazer. Enfrentamos uma guerra e vamos arcar com isso", reforçou.

A pandemia deixou o Brasil em recessão e provocou uma queda acentuada na arrecadação de impostos, o que agravou os problemas fiscais crónicos do país, com forte impacto no orçamento do Governo para o próximo ano.

"Já começam a amedrontar o povo brasileiro, com uma segunda onda. Tem de enfrentar. É a vida. (...) Lamento por todos os que morreram", disse o chefe de Estado na terça-feira, num evento do executivo, em Brasília, acrescentando que o Brasil tem de "deixar de ser um país de 'maricas'".


Comments


Join our mailing list

Obrigado pelo envio!

  • Facebook - White Circle
  • Instagram - White Circle
  • LinkedIn ícone social

© 2020 por Fazendo Barulho.

Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page