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Brasil: Polícia encontra dinheiro escondido na cueca de senador

A Polícia Federal do Brasil encontrou 30 mil reais escondidos entre as nádegas do senador Chico Rodrigues numa operação que investiga desvios de dinheiro público destinado ao combate da pandemia de covid-19.

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Chico Rodrigues é vice-líder do Governo do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, na câmara alta do Congresso. É um dos congressistas mais fiéis ao governo no Senado, escondeu dinheiro na cueca durante a abordagem dos policiais.

Chico Rodrigues foi um dos alvos da operação "Operação Desvid-19" realizada a pedido da Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização, no estado de Roraima.

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Nesta operação, os agentes da polícia investigam um alegado esquema criminoso para desviar recursos públicos através do encaminhamento de licitações na Secretaria de Saúde de Roraima, que envolveria aproximadamente 20 milhões de reais que deveriam ser utilizados no combate à covid-19.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou com duas fontes que tiveram acesso a informações da investigação, foram encontrados R$ 30 mil dentro da cueca do vice-líder do governo. Ao todo, os valores descobertos na casa do senador chegariam a R$ 100 mil. A investigação apura indícios de irregularidades em contratações feitas com dinheiro público, que teriam gerado sobre preço de quase R$ 1 milhão.

A CGU informou num comunicado que identificou diversos indícios da prática de preços inflacionados em contratações realizadas pela Secretaria de Saúde de Roraima para aquisição de equipamentos de proteção para profissionais de saúde de médicos e enfermeiros e testes rápidos para deteção da covid-19, entre outros itens.

"O inquérito policial apontou que os recursos eram direcionados, por meio de processos licitatórios fraudulentos, para empresas específicas, que então eram contratadas pela Secretaria", destacou um comunicado emitido pela CGU sobre a Operação Desvid-19.

O estado de Roraima recebeu cerca de 171 milhões de reais (26 milhões de euros) do Governo central através do Fundo Nacional de Saúde (FNS) em 2020.

Desse valor total, 55 milhões de reais (8,3 milhões de euros) foram transferidos especificamente para combate à covid-19.

A "Operação Desvid-19" cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade de Boa Vista, capital de Roraima.

Chico Rodrigues emprega Leo Índio, primo dos filhos de Bolsonaro, como assessor parlamentar, em seu gabinete no Senado. Léo Índio é muito próximo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e é conhecido por ter livre trânsito no Palácio do Planalto.

No Palácio do Planalto, auxiliares de Bolsonaro ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, sob reserva, disseram que Rodrigues deve deixar o cargo de vice-líder do governo. O argumento é que seria péssimo para a imagem de Bolsonaro manter o senador nesse posto depois do escândalo. A expectativa é a de que o próprio parlamentar entregue o cargo.

Em nota à imprensa, Rodrigues disse que tem "um passado limpo e uma vida decente" e afirmou nunca ter se envolvido em escândalos. "Acredito na justiça dos homens e na justiça divina. Por este motivo estou tranquilo com o fato ocorrido hoje em minha residência em Boa Vista, capital de Roraima. A Polícia Federal cumpriu sua parte em fazer buscas em uma investigação na qual meu nome foi citado. No entanto, tive meu lar invadido por apenas ter feito meu trabalho como parlamentar, trazendo recursos para o combate ao Covid-19 para a saúde do Estado", afirmou o senador.

Rodrigues observou ainda que, ao longo de 30 anos na política, conheceu "muita gente mal intencionada", a fim de macular sua imagem. "Ainda mais em um período eleitoral conturbado como está sendo o pleito em nossa capital", declarou.

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