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China: Acusa Índia de provocação grave

A China e a Índia se acusaram mutuamente de ter feito disparos de advertência durante um enfrentamento na segunda-feira (07) na disputada região fronteiriça do Himalaia. A ação marca uma escalada nas tensões entre as duas potências nucleares.

As tropas indianas na noite de segunda-feira (07) “cruzaram ilegalmente a Linha de Controle Real na margem sul de Pangong Tso e dispararam tiros de advertência contra o patrulhamento das forças chinesas”, disse o coronel Zhang Shuili, porta-voz do Comando do Teatro Ocidental do Exército de Libertação Popular (PLA), em um declaração na terça-feira. As tropas chinesas foram “forçadas a tomar contra-medidas para estabilizar a situação”, disse Zhang, sem dar mais detalhes.

“O comportamento dos índianos violou gravemente os acordos firmados entre os dois lados e aumentou as tensões”, disse Zhang, instando os índianos a se retirarem. “Tal comportamento pode facilmente levar a erros de cálculo. É uma provocação militar séria”

No final do mês passado, a Índia disse que os seus soldados impediram o exército chinês de mudar o 'status quo' na fronteira, no que constituiria uma violação do consenso alcançado em esforços anteriores para resolver o impasse.

As movimentações terão ocorrido na margem sul do Lago Pangong, um lago glacial, dividido pela fronteira de facto, onde o confronto entre a China e a Índia começou, no início de maio.

O impasse escalou para lutas com paus e pedras, em 15 de Junho, no que foi o conflito mais mortal em 45 anos entre os dois países. A Índia disse que 20 dos seus soldados foram mortos, incluindo um coronel. A China não registou nenhuma vítima.

As tensões na fronteira aumentaram depois de os militares indianos terem cancelado os seus exercícios anuais na fronteira dos Himalaias, em Abril passado, devido ao surto do novo coronavírus.

A fronteira disputada e não demarcada de 3.500 quilómetros, conhecida como Linha de Controlo Real, estende-se da região de Ladakh, no Norte, até ao estado indiano de Sikkim.

Os países asiáticos com armas nucleares travaram uma guerra na fronteira em 1962, que terminou com uma trégua frágil. Os dois países tentam resolver a sua disputa na fronteira desde o início dos anos 1990, sem sucesso.

A Índia declarou unilateralmente Ladakh um território federal e separou-o da disputada Caxemira, em Agosto de 2019, abolindo o seu estatuto semiautónomo.

A medida danificou ainda mais o relacionamento entre Nova Deli e Pequim. Num movimento simbólico, a Índia baniu algumas aplicações de propriedade chinesa, incluindo o serviço de transmissão de vídeos TikTok, cerca de duas semanas após o confronto mortal, invocando preocupações com a segurança nacional.


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