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China: Embaixador dos EUA deixa o cargo no próximo mês

O embaixador dos Estados Unidos na China vai deixar o cargo no início do próximo mês, encerrando um mandato de três anos marcado pela rápida deterioração das relações entre Pequim e Washington.

Terry Branstad, que foi nomeado para o cargo em 2017, confirmou a sua decisão durante um telefonema com Donald Trump, na semana passada, segundo um comunicado difundido hoje pela embaixada dos EUA.

A embaixada não detalhou os motivos da sua partida.

O comunicado ressalta que Branstad já tinha informado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sua decisão na semana passada.

"Fizemos progressos significativos e não desistiremos de conquistar novos resultados. Estamos reequilibrando a relação EUA-China de maneira que seja igualitária e recíproca e possa alimentar um crescimento positivo entre os dois países", disse o embaixador na nota referindo-se à fase um do acordo comercial entre Pequim e Washington. Pouco antes da confirmação oficial da Embaixada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, havia se manifestado sobre os rumores da saída de Branstad e ressaltou o perfil do diplomata.

"O presidente Donald Trump havia escolhido Branstad pela experiência de mais de 10 anos na relação com a China. Ele o descreveu como a melhor pessoa para representar a administração e defender os interesses e os ideais norte-americanos nessa importante relação", escreveu Pompeo no Twitter.

No maior episódio da crise diplomática, em Julho, houve o fechamento do consulado chinês em Houston, no Texas. Como resposta, a China fechou a representação norte-americana em Chengdu. No início de Setembro, os ânimos voltaram a se acirrar com a decisão de Pompeo de aplicar novas restrições aos trabalhos dos diplomatas chineses nos EUA. Segundo o secretário de Estado, a medida foi baseada na "reciprocidade" pelo tratamento dado por Pequim aos norte-americanos. No entanto, na última semana, o Ministério das Relações Exteriores chinês anunciou que adotaria as mesmas medidas contra os funcionários consulares norte-americanos que estão no país.

Pompeo revelou, na semana passada, que o jornal oficial do Partido Comunista da China, o Diário do Povo, se recusou a publicar um artigo de Branstad, enquanto o embaixador da China nos Estados Unidos "está livre para publicar em qualquer meio de comunicação" norte-americano.

Não é claro se a saída está relacionada com aquela polémica.

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, disse que o artigo de Branstad estava "cheio de lacunas, era gravemente inconsistente com os fatos e atacava e difamava a China".

Branstad, de 73 anos, foi governador do Estado de Iowa por duas vezes, entre 1983 e 1999, e entre 2011 e 2017. O diplomata serviu em Pequim desde 2017, num período de rápida deterioração das relações entre Pequim e Washington.

Trump nomeou o embaixador após um período de dois meses durante o qual ninguém preencheu a posição. O funcionário número dois da embaixada, David Rank, renunciou após ter criticado a retirada dos EUA do acordo de Paris para o clima.

A declaração da Embaixada dos EUA também observou o papel de Branstad no esforço para reduzir o fluxo de fentanil da China para os Estados Unidos, incluindo um pacto de 2018 no qual a China concordou em classificar o opioide como substância controlada.







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