China: Primeira nave espacial reutilizável
- Adeildo Velôso da Silva
- 7 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Pouco se conhece sobre a nave "Longa Marcha 2F" que faz parte do programa secreto espacial militar chinês, mas poderá ser o primeiro passo em direção aos voos espaciais de baixo custo.

A primeira nave espacial reutilizável, desenvolvida pela China, pousou com sucesso neste domingo (06) em Jiuquan, após passar dois dias em órbita, segundo divulgou a agência de notícias estatal do país asiático. O voo é considerado um passo em direção à redução dos custos de viagens ao espaço.
A missão foi mantida em segredo, e a mídia estatal ainda não publicou fotos ou vídeos do lançamento e da aterragem da espaçonave. Nenhum detalhe foi dado sobre as tecnologias que foram testadas.
As redes sociais chinesas estão repletas de especulações sobre a espaçonave, que alguns compararam ao X-37B da Força Aérea dos Estados Unidos, um avião espacial autônomo feito pela Boeing que pode permanecer em órbita por longos períodos antes de voar de volta à Terra por conta própria.
Há três anos, a China anunciou que lançaria uma espaçonave em 2020 que pode "voar como uma aeronave e seria reutilizável", aumentando a frequência de lançamentos e reduzindo os custos de missão.
O voo "marca um avanço importante na pesquisa de nosso país sobre naves espaciais reutilizáveis", que prometem uma "maneira mais fácil e barata" de chegar ao espaço, relatou a Xinhua.
A China colocou seu primeiro astronauta em órbita em 2003 e lançou uma estação espacial.
Em 2019, tornou-se o primeiro país a pousar um veículo terrestre num lado pouco visto da lua.
Os Estados Unidos e a ex-União Soviética já utilizaram naves espaciais reutilizáveis. O ônibus espacial americano realizou 134 missões da década de 1980 até 2011, quando foi desenvolvido o X-37, um planador robotizado que efetuou o seu sexto voo em maio. O avião espacial soviético, Buran, orbitou a Terra duas vezes durante seu único voo em 1988.
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