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Coreia do Norte: Kim Jong-un pede desculpa por morte de sul-coreano

Pedido de desculpas da Coreia do Norte, em particular do próprio Kim, é algo extremamente incomum. Este foi o primeiro sul-coreano assassinado pela Coreia do Norte em 10 anos.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, pediu desculpa pela morte de um funcionário da Coreia do Sul nas suas águas territoriais, anunciou nesta sexta-feira (25) o gabinete da presidência de Seul.

O pedido foi feito através de uma carta endereçada ao presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, um dia depois que as autoridades sul-coreanas afirmaram que soldados norte-coreanos mataram um funcionário do governo sul-coreano e, em seguida, atearam fogo ao corpo dele.

Kim chamou o incidente de "assunto vergonhoso" e pediu desculpas "por ter decepcionado o presidente Moon Jae-in e os sul-coreanos".

Segundo as autoridades em Seul, o homem, de 47 anos, desapareceu na segunda-feira de um navio de patrulha do Ministério dos Oceanos e da Pesca que verificava se ocorria pesca irregular em águas do sul, perto da ilha de Yeonpyeong, um dia antes de ser encontrado do lado norte da divisa.

A Coreia do Norte enviou agentes de fronteira, usando máscaras de gás e a bordo de um bote, para as proximidades de onde o homem estava, nesta terça-feira, para interrogá-lo. Mais tarde, um bote da marinha norte-coreana foi até o local, e militares dispararam contra ele, segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul.

Depois, marinheiros vestindo roupas de proteção e máscaras de gás jogaram gasolina e atearam fogo ao corpo, relatou o ministério, afirmando que a ação foi gravada por câmaras de vigilância.

Na carta, a Coreia do Norte admite que foram disparados cerca de dez tiros contra o homem, que "entrou ilegalmente em nossas águas" e se recusou a fornecer a identificação adequada. Posteriormente, seu corpo foi aparentemente cremado como medida de precaução contra a pandemia de coronavírus.

O incidente deve aprofundar as tensões entre Seul e Pyongyang.

As relações entre as duas Coreias continuam tensas, em especial após o impasse nas negociações nucleares entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos.

Pedidos de desculpas do regime norte-coreano são extremamente raros.

O incidente havia estremecido ainda mais as relações já tensas entre os países vizinhos. As tensões aumentaram significativamente desde o fracasso de uma reunião de cúpula entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Fevereiro do ano passado. Desde então, as negociações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte sobre o desmantelamento do programa nuclear norte-coreano estão suspensas.

Em Junho, Pyongyang explodiu um gabinete de ligação inter-coreano no seu território, em represália contra a campanha de panfletos civis sul-coreanos lançados contra a Coreia do Norte.

No auge de sua rivalidade na Guerra Fria, a Coreia do Norte frequentemente rebocava à força os barcos de pesca sul-coreanos que operavam perto da fronteira marítima, mantendo alguns dos tripulantes a bordo e devolvendo outros.

Deserções de sul-coreanos para a Coreia do Norte são altamente incomuns. Mas mais de 30 mil norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul nos últimos 20 anos por razões políticas e económicas.

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