Díli: Incêndio de grandes proporções
- Adeildo Velôso da Silva
- 13 de set. de 2020
- 2 min de leitura
O incêndio na zona de Bebonuk, que lançou uma espessa nuvem tóxica de fumo preto visível de toda a cidade, começou, segundo informações preliminares, por um problema eléctrico.

Pelo menos uma pessoa ficou ferida na sequência de um incêndio de grandes proporções que ocorreu durante a tarde de hoje num armazém de maquinaria, pneus e outro material, na zona oeste da capital timorense, Díli.
Material inflamável, incluindo pneus, tinta e diesel intensificaram as chamas que chegaram à altura dos fios eléctricos e que se alastraram depois para outro armazém vizinho onde estava equipamento e material médico.
O incêndio, que afectou as linhas eléctricas, levou a cortes de electricidade que se vão prolongar ainda durante várias horas, naquela zona da cidade.
Apesar dos esforços dos bombeiros timorenses, o fogo demorou várias horas a ser contido.
As carências no sector da protecção civil, incluindo os bombeiros, são patentes em casos de desastres como estes, onde os meios humanos e técnicos são insuficientes.
Autotanques de pequenas dimensões, mangueiras em mau estado, com buracos e grandes fugas - e falta de equipamento de protecção tornou o combate às chamas particularmente difícil.
O combate ao fogo só melhorou depois da chegada ao local de um autotanque com espuma da petrolífera indonésia Pertamina que tem perto da zona os seus depósitos de combustível.
Cláudio Silva, comandante dos bombeiros timorenses, lamentou em declarações à Lusa a falta de condições da instituição, explicando que o combate ao incêndio só foi possível porque muitas empresas emprestaram os seus autotanques.
"Necessitamos urgentemente de equipamento e viaturas apropriadas. Este incêndio é de grande dimensão e só conseguimos controlar porque empresas de água, de construção vieram ajudar com os seus autotanques", explicou.
"Estamos agora a trabalhar para controlar e evitar reacendimentos e para que não passe para outras estruturas", referiu.
Maus sistemas eléctricos e outros problemas de armazenamento agravam os riscos numa cidade onde muita da habitação é ainda precária.
Igualmente patente no combate ao incêndio esteve a falta de uma estrutura integrada de resposta a desastres, demorando várias horas até que chegassem ao local polícias e uma ambulância.
O ferido, que foi tirado inanimado do local, teve de ser transportado para o hospital nas traseiras de uma pequena camioneta de caixa aberta.
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