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Espanha: Madrid retoma lockdown

Madri se tornará a primeira capital europeia a reinstaurar um lockdown na noite desta sexta-feira (2), quando os cerca de 4,8 milhões de habitantes da capital da Espanha e de nove cidades-satélites serão impedidos de sair da área por causa de uma nova alta de casos de Covid-19.

As pessoas não poderão entrar ou sair das cidades, exceto por motivos profissionais, educacionais ou de saúde. Reuniões estão limitadas a seis pessoas, e restaurantes e bares devem reduzir a capacidade a 50% e fechar até as 22h.

As novas restrições não são tão rígidas quanto às do lockdown anterior de Março, quando as pessoas foram proibidas de sair de casa. Mesmo assim, os moradores estão apreensivos e exasperados com o embate político entre os governos central e regional.

A medida amplia um confinamento já em vigor em áreas mais pobres da cidade com taxas altas de infecção.

Várias outras das cidades mais movimentadas da Europa endureceram medidas nos últimos dias, o que inclui limitar a frequência a restaurantes e tornar o uso de máscaras obrigatório em mais locais para se contraporem ao ressurgimento dos casos de coronavírus.

A prefeitura madrilena, conservadora, obedeceu com relutância à ordem do governo federal, socialista, de proibir deslocamentos – a não ser para estudo, trabalho, cuidados de saúde e compras. A decisão amplia um confinamento já em vigor em áreas mais pobres da cidade, com taxas altas de infecção.

Restaurantes e bares fecharão mais cedo – às 23h, em vez de 1h, conforme previsto na regra anterior – e reduzirão a capacidade pela metade – assim como academias de ginástica e lojas. Madri se tornou, mais uma vez, o pior foco de infecções da Europa.

"Passamos oito meses com máscaras e sem clubes noturnos e festas, e anda existe contágio. Então, que tipo de impacto estas restrições terão?", questionou Sonny van den Holstein, dono de um restaurante na capital espanhola.

A chefe regional de Madri, Isabel Díaz Ayuso, é contra as restrições e entrou com um recurso. Ela se preocupa com o dano econômico e acusa o governo central de ultrapassar suas prerrogativas ao ordenar as medidas: a região argumenta que as restrições não combatem adequadamente a pandemia – e que custariam 750 milhões de euros por semana para a economia local.

Em uma rede social, Díaz Ayuso disse, na manhã desta sexta (2), que "a partir de amanhã, será possível ir de Berlim a Madri, mas não a Parla. Obrigada pelo caos, Pedro Sánchez [premiê espanhol]". Parla é uma cidade periférica ao sul da capital.

O premiê, em uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica, disse que o único objetivo era salvar vidas e proteger a saúde. “Todas as decisões são tomadas com base em critérios de cientistas”, declarou Sánchez.

Até esta sexta-feira (2), a Espanha havia reportado 789.932 casos, com 9.419 desses adicionados nas últimas 24 horas.

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