EUA: Papa Francisco felicitou Biden em conversa telefónica
- Adeildo Velôso da Silva
- 13 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
O papa Francisco felicitou o Presidente eleito norte-americano, Joe Biden, indicou hoje a direção de campanha do candidato democrata, que se tornará, assim que investido, o segundo chefe de Estado católico dos Estados Unidos, após John F. Kennedy.

"O Presidente eleito Biden falou hoje de manhã ao telefone com Sua Santidade, o papa Francisco. O Presidente eleito agradeceu a Sua Santidade por compartilhar a sua bênção e os seus parabéns", lê-se, num comunicado da campanha de Biden.
Biden, cuja vitória nas eleições presidenciais de 03 deste mês nos Estados Unidos tem sido projetada pela quase totalidade dos órgãos de comunicação sociais norte-americanos, deverá tomar posse como Presidente a 20 de Janeiro de 2021, sucedendo ao republicano Donald Trump, que ainda não reconheceu os resultados da votação.
Na conversa com o papa, Biden manifestou o desejo de conversar com todos os líderes mundiais, destacando a liderança de Francisco na "promoção da paz, reconciliação e de laços fraternos e de humanismo em todo o mundo".
Nesse sentido, Biden salientou que gostaria de trabalhar com o papa para promover "uma crença compartilhada na dignidade e igualdade de toda a humanidade em questões como cuidar dos marginalizados e pobres, abordar a crise das mudanças climáticas e acolher e integrar imigrantes".
Segundo o comunicado, o Presidente eleito dos Estados Unidos "falou abertamente" sobre a importância da fé na sua vida e que assiste à missa perto da sua casa em Wilmington, Delaware, quase todas as semanas.
Biden falou esta semana com vários líderes estrangeiros, incluindo o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.
O próprio Papa Francisco teve relações tensas com o presidente Donald Trump. No começo de 2019, ele chamou de loucura o projeto do republicano de erguer um muro na fronteira com o México.
Em Fevereiro de 2016, quando Trump tentava a indicação do Partido Republicano para a Casa Branca, o papa disse durante uma visita ao México que alguém que pensa em construir muros no lugar de pontes "não é cristão".
Trump respondeu com uma declaração ríspida na ocasião, afirmando: "é uma vergonha um líder religioso questionar a fé de alguém".
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