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EUA: Quais estados estão definidos e quais faltam definir as eleições

7 estados continuam em disputa e 4 devem definir o resultado: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin e Geórgia. Veja cenários possíveis para a vitória de Trump ou de Biden.

A quarta-feira (4) seguinte às eleições presidenciais dos Estados Unidos segue sem um vencedor definido. Faltam os resultados de sete estados, dos quais quatro serão decisivos para definir quem vai ocupar a Casa Branca pelos próximos quatro anos.

São eles: Pensilvânia, Michigan, Wisconsin e Geórgia. Trump venceu nesses quatro estados em 2016 e está à frente na apuração em dois (Pensilvânia e Geórgia), mas Biden lidera desde a madrugada no Wisconsin e virou no Michigan no final da manhã.

O democrata Joe Biden lidera a disputa com 238 votos no Colégio Eleitoral, conseguiu vitórias importantes, como no Arizona, e tem grande chance de vencer na Geórgia. O republicano Donald Trump tem 213 votos de delegados e, a seu favor, as conquistas na Flórida, no Texas e em Ohio. Falta contar, entretanto, uma série de votos enviados pelo correio — e a expectativa é que essas cédulas, enviadas antecipadamente, favoreçam Biden. Essa contagem pode levar dias até que seja concluída, mas a dúvida é se isso será suficiente para o democrata ganhar a eleição.

Em discurso na Casa Branca durante a madrugada, Trump havia dito que era muito difícil Biden reverter a vantagem nesses estados e disse que iria à Suprema Corte — que tem ampla maioria conservadora — para pedir a interrupção da contagem dos votos.

Biden afirmou que a declaração é "ultrajante, sem precedentes e incorreta" e que "a eleição não acaba até que todos os votos sejam contados".

7 estados ainda indefinidos

Com 238 dos 270 votos necessários para vencer no Colégio Eleitoral até o momento, Biden precisa de mais 32 delegados para vencer. Trump necessita de mais 57. Os estados que ainda não estão definidos (e a quantidade de delegados de cada um) são:

  • Pensilvânia: 20 votos

  • Michigan: 16 votos

  • Geórgia: 16 votos

  • Carolina do Norte: 15 votos

  • Wisconsin: 10 votos

  • Nevada: 6 votos

  • Alasca: 3 votos

No momento, Trump lidera na Pensilvânia, na Geórgia, na Carolina do Norte e no Alasca. Biden está à frente no Michigan, no Wisconsin e em Nevada. Mas o cenário ainda pode mudar.

Se continuar à frente nesses três estados, o democrata será eleito o 46º presidente dos Estados Unidos.

Para o atual presidente se reeleger, é necessário vencer nos três maiores estados em que já lidera (Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte) e conquistar o Michigan, o Wisconsin ou Nevada.

Estados-chave

Pensilvânia

A Pensilvânia vale 20 votos no Colégio Eleitoral e surpreendeu em 2016 ao dar vitória a Trump após décadas de predomínio democrata. Neste ano, o estado se tornou um campo de batalha entre os dois candidatos em busca principalmente do eleitorado dos subúrbios.

Com cerca de 64% dos votos contados, segundo a agência Associated Press, Trump tinha vantagem relativamente ampla: 54,68% contra 44,35% de Biden. Mas a campanha de Biden ainda espera uma virada devido à contagem dos votos enviados pelo correio.

Pelas regras locais, as cédulas enviadas até ontem poderão ser contadas se chegarem até sexta-feira (6) — decisão referendada pela Suprema Corte. Isso pode favorecer Biden, pois os democratas são maioria entre os que votam por correspondência. A dúvida é se isso será suficiente para reverter uma margem de 10 pontos percentuais.

Tanto Trump quanto Biden fizeram uma campanha feroz na Pensilvânia. Ambos viajaram mais de uma vez ao estado, já esperando que esse eleitorado fosse o "fiel da balança" na briga pelos 270 delegados.

Na campanha, Biden tentou reverter o descontentamento dos trabalhadores de indústrias com os democratas — eleitorado essencial para que Trump vencesse por lá em 2016. A estratégia da campanha da oposição foi captar a frustração da classe trabalhadora com o atual governo.

Para evitar perder no estado onde conseguiu uma vitória histórica quatro anos atrás, Trump argumentou que defenderá o fracking, ou fraturamento hidráulico. Trata-se de uma técnica de extração de gás natural do subsolo muito comum no estado e que recebe críticas de ambientalistas. O republicano afirma que Biden acabará com essa fonte de renda — de fato, o candidato democrata disse que proibiria a prática em declarações no início da campanha. Wisconsin

Vencido por Trump em 2016, Wisconsin — que vale 10 votos no Colégio Eleitoral — registrou um início de apuração muito favorável ao republicano. Mas, com 95% dos votos computados, Biden liderava com 49,57% dos votos (contra 48,94% do atual presidente).

Assim como na Pensilvânia, as autoridades eleitorais do estado já afirmavam que a contagem não terminaria na noite pós-eleição. E também há votos por correio que devem ser contados posteriormente e tendem a favorecer Biden.

No Wisconsin, além dos temas que costumam estar em jogo como economia e empregos, os eleitores também levaram em consideração os debates sobre segurança pública e racismo: a cidade de Kenosha, um subúrbio no sul do estado, foi palco de confrontos em protestos após a operação policial que baleou Jacob Blake em Agosto. Michigan

Em situação parecida com o Wisconsin, Michigan (16 votos em jogo) também aponta vantagem de Biden por uma pequena margem. O democrata passou o republicano no final da manhã e, com 95% dos votos projetados, tem 49,38% contra 49,08%.

O estado ainda aguarda os resultados dos votos enviados por correio, que apontam uma maior vantagem para os democratas. Pode ser que demore até o fim da semana para que um resultado seja proclamado.

As pesquisas apontavam boa vantagem para Biden, mas Trump buscou retomar a dianteira ao resgatar os votos dos eleitores dos subúrbios que viram aumento nos números de emprego antes da pandemia. O desafio do republicano, portanto, era convencer o eleitorado de que os resultados da economia voltarão a aparecer após a crise do coronavírus. Geórgia

A vantagem inicial de Trump no início da apuração se reverteu para uma disputa apertada, sobretudo com a contagem dos votos pendentes na região das grandes cidades como Atlanta, maioritariamente democratas.

O presidente chegou a dizer nesta madrugada que venceu no estado e que os opositores "não poderiam alcançá-lo". Caso haja virada, Biden reverterá uma sequência de vitórias republicanas desde 1996. A última vitória de um democrata ocorreu com Bill Clinton, quatro anos antes.

Com 94% dos votos projetados, o republicano lidera com 50,47% na Geórgia, contra 48,31% do democrata. O estado vale 16 votos no Colégio Eleitoral.

Neste ano, os republicanos tentaram manter a vantagem entre os eleitores mais conservadores do interior, enquanto os democratas buscaram o eleitorado cosmopolita das cidades, trabalhadores do subúrbio e idosos no litoral. Carolina do Norte

Outro estado ainda sem projeção de vencedor é a Carolina do Norte, que tem 15 votos em jogo. Trump aparece com vantagem de pouco mais de um ponto percentual e chegou a se declarar ganhador durante seu último discurso na Casa Branca.

Mas as principais agências de notícia ainda não atribuíram resultado. Com 94% das urnas apuradas, o republicano tem 50,09% contra 48,69% do rival. Nevada

Com 6 votos no Colégio Eleitoral, o estado também aguardará a votação de votos enviados pelo correio. Com 67% da contagem projetada, Biden aparecia à frente por uma estreita margem (49,23% contra 48,59%).

Nevada ajudou a eleger todos os presidentes entre 1980 e 2012 — do republicano Ronald Reagan ao democrata Barack Obama. Em 2016, revertendo uma tendência, os eleitores do estado preferiram Hillary Clinton por uma pequena margem. Mas os 6 votos no Colégio Eleitoral não foram suficientes para dar a vitória à democrata.

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