EUA: Trump discursa em evento público e faz ataques a China e Biden

Em seu primeiro discurso após o diagnóstico positivo para a Covid-19, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar "se sentindo ótimo". Ele falou na sacada da Casa Branca, discursando a um grupo de apoiadores em frente à sede do governo americano.

Aos manifestantes, Trump agradeceu as mensagens de apoio que recebeu durante a internação no Hospital Walter Reed. 

O evento na Casa Branca acontece em um momento em que não está claro o quanto ele ainda pode contaminar outras pessoas com a Covid-19.

Além de um comício previsto para segunda-feira (12), na Flórida, Trump participará de outros dois atos: no dia seguinte, na Pensilvânia, e na quarta-feira (14), em Iowa, informou seu comitê de campanha.

O presidente afirmou que os Estados Unidos estão superando a crise da pandemia do novo coronavírus, que ele novamente definiu como "o vírus chinês".

"Quero que saibam que nossa nação irá vencer este vírus terrível da China", afirmou o presidente às centenas de pessoas que participaram do evento ao ar livre, onde o uso de máscara foi obrigatório, mas houve pouco distanciamento social.

"Estamos produzindo medicamentos, estamos curando os doentes e vamos conseguir nos recuperar, em breve vamos produzir uma vacina, temos grandes empresas trabalhando nisso", disse Trump.

O americano criticou o adversário nas eleições presidenciais, Joe Biden, em muitas oportunidades. Em relação à Covid-19, Trump afirmou que o democrata pretende retomar medidas de quarentena para conter o novo coronavírus e que ele é contra.

"Nossos oponentes querem instalar o lockdown novamente, mas nós não vamos deixar isso acontecer", afirmou aos apoiadores.

Biden lidera com folga as pesquisas de opinião e tem o apoio de mulheres e idosos, levando analistas a sugerirem com cada vez mais confiança uma vitória esmagadora do democrata. A doença de Trump intensificou as críticas ao presidente por sua atitude e por como lidou com a pandemia.

No campo republicano, a preocupação é cada vez mais palpável. Alguns estão abertamente alarmados com o desenrolar da campanha. "Se as pessoas estiverem aborrecidas no dia das eleições, poderíamos perder a Casa Branca e as duas câmaras do Congresso", advertiu o senador republicano Ted Cruz.