EUA: Trump escolhe Barrett para lugar de Ginsburg na Suprema Corte
- Adeildo Velôso da Silva
- 26 de set. de 2020
- 2 min de leitura
Favorita dos conservadores para substituir a juíza Ruth Bader Ginsburg, a juíza Barrett foi confirmada como a escolha de Trump para nova juíza da Suprema Corte nos EUA e busca aprovação no Senado antes das eleições presidenciais.

O presidente Donald Trump escolheu a juíza Amy Coney Barrett, candidata favorita dos conservadores, para suceder Ruth Bader Ginsburg, na Suprema Corte dos Estados Unidos. O objetivo do presidente americano é forçar a confirmação de sua escolha pelo Senado antes da eleição presidencial, prevista para o início de novembro. Ginsburg morreu na última sexta-feira (18), aos 87 anos, vítima de um câncer no pâncreas. Trump deve anunciar oficialmente o nome de Barrett amanhã, segundo informações do jornal "The New York Times" e da rede de TV "ABC News".
O presidente se reuniu com a juíza Barrett na Casa Branca esta semana e ficou impressionado com um jurista que os conservadores disseram que seria uma mulher Antonin Scalia, referindo-se ao juiz que morreu em 2016 e por quem o juiz Barrett era secretário.
A juíza de 47 anos é mãe de sete filhos, um com síndrome de Down e dois deles adotados no Haiti, e fez fama por seus ideias religiosos conservadores: católica praticante, ela é abertamente contra o aborto legal, por exemplo. O aborto é tema constante de polarização política nos EUA.
Natural de New Orleans, um dos polos conservadores do sul dos EUA, Barret se formou como uma das melhores estudantes da prestigiada faculdade de direito de Notre Dame, onde lecionou por 15 anos. Em 2018, ela esteve na lista de finalistas apresentada pelo presidente Donald Trump para o lugar na Suprema Corte do aposentado juiz Anthony Kennedy, mas acabou perdendo o posto para Brett Kavanaugh.
Se confirmada, a ida de Barrett para a Suprema Corte alterará a composição ideológica da Suprema Corte, com vantagem para os conservadores. Trump se reuniu com Barrett na Casa Branca esta semana e ficou impressionado, de acordo com relatos apurados pelo NYT.
Trump prometeu nomear a substituta de Ginsburg antes da eleição de 3 de novembro, o que significaria o controle dos conservadores sobre o tribunal, que conta com nove membros e tem amplo impacto na vida dos cidadãos dos EUA. "Acho que tudo vai correr muito bem, que será muito rápido", disse Trump à Fox Radio. "Temos cinco mulheres na lista, e gosto de todas", acrescentou, já antecipando que entre as finalistas está também a magistrada conservadora Bárbara Lagoa, uma juíza de Miami de origem cubana. Desde que a morte de Ginsburg foi anunciada, centenas de pessoas se reuniram espontaneamente nos degraus de mármore da corte para homenageá-la.
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