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Número de mortos em combates na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão chega a 242

Armênia anuncia estar pronta para mediação de cessar-fogo, mas o Azerbaijão afirma que os conflitos só vão acabar com a saída de armênios da região em disputa.

A Arménia anunciou neste sábado (3) a morte de 51 soldados no sétimo dia de combates entre separatistas da região de Nagorno Karabakh e as forças do Azerbaijão. A lista dos 51 militares mortos foi publicada no site do governo armênio. O balanço parcial dos combates registra 242 mortes dos dois lados.

A disputa se dá pela região de Nagorno Karabakh, que pertence ao Azerbaijão, mas a maioria da população é de etnia arménia.

Na quinta-feira (1), os presidentes da Rússia, França e Estados Unidos pediram o fim do conflito.

O governo da Armênia, que apoia os separatistas, afirmou na sexta-feira (2) que está disposto a trabalhar com o grupo de mediação liderado por Rússia, Estados Unidos e França, para instaurar um cessar-fogo em Nagorno Karabakh.

"Estamos dispostos a um compromisso com os países que presidem o grupo de Minsk na OSCE para restabelecer um cessar-fogo baseado nos acordos de 1994-1995", afirmou o ministério armênio das Relações Exteriores em um comunicado.

Após este primeiro gesto armênio no sexto dia de hostilidades, o Azerbaijão ressaltou que o conflito tem um propósito: a retirada armênia de Nagorno Karabakh, uma região do Azerbaijão habitada principalmente por armênios e que se separou com a queda da URSS.

"Se a Armênia quer ver o fim dessa escalada deve acabar com a ocupação", declarou à imprensa Hikmet Hajiyev, assessor da presidência do Azerbaijão.

Macron, que tem relações difíceis com Recep Tayyip Erdogan, disse na quinta-feira (1) que 300 combatentes "jihadistas" deixaram a Síria para se juntar ao Azerbaijão via Turquia. Uma "linha vermelha" para o francês.

"Isso é desinformação", respondeu o assessor da presidência do Azerbaijão, Hajiyev.

A Rússia havia relatado informações semelhantes, sem acusar diretamente Ancara, com quem tem uma relação complicada, mas pragmática.

Nesta sexta-feira (2), a porta-voz da diplomacia armênia voltou a afirmar que "o exército turco está lutando ao lado do Azerbaijão". Alegações rejeitadas pelos interessados.

Uma intervenção direta da Turquia constituiria uma internacionalização deste conflito em uma região, o Sul do Cáucaso, onde várias potências estão em competição: Rússia, Turquia, Irã, países ocidentais.

Nagorno Karabakh, habitada principalmente por armênios, separou-se do Azerbaijão, levando a uma guerra no início da década de 1990 que deixou 30 mil mortos. A frente estava quase congelada desde então, apesar de alguns confrontos regulares, principalmente em 2016.

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