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Paris: Ataque a faca deixa feridos

Um homem armado com um machete atacou várias pessoas, esta manhã, em Paris, na rua onde se situava a antiga redação do jornal Charlie Hebdo, alvo de um ataque terrorista em Janeiro de 2015. A polícia já terá interpelado e detido o suspeito.

O atacante ter-se-ia colocado em fuga, depois de conseguir entrar no metro. A polícia já montou um forte dispositivo para a caça ao homem. O suspeito vestia um casaco preto sem mangas e sapatos vermelhos, escreve o Le Parisien, e foi detido junto à Praça da Bastilha, perto do local do ataque. 

A polícia revelou que já foi detido um segundo suspeito numa estação do metro da capital francesa. 

Segundo a BFMTV, há a indicação de que há, pelo menos, quatro pessoas feridas, entre elas duas em estado de "emergência absoluta". Estas duas vítimas em estado grave são funcionários da agência noticiosa Premières Lignes.

Um responsável da polícia disse que foi montado um cordão de segurança na área, incluindo o edifício da antiga redação, depois de ter sido encontrado um embrulho suspeito. Escolas, creches e residências de idosos na zona também foram encerrados.

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, suspendeu um discurso que se preparava para fazer e dirigiu-se ao centro de crise do Ministério do Interior.

A antiga redação do jornal foi alvo, a 7 de Janeiro de 2015, de um ataque 'jihadista' que fez 12 mortos e cinco feridos graves.

O julgamento dos presumíveis cúmplices desse e de outros ataques 'jihadistas' em Paris está a decorrer, desde o início de setembro, na capital francesa.

O Charlie Hebdo mudou as suas instalações depois do ataque de 2015.

"Toda a equipa do Charlie manifesta o seu apoio e solidariedade aos seus antigos vizinhos e confrades da @PLTVfilms e às pessoas afetadas por este odioso ataque", lê-se numa mensagem divulgada na conta do jornal no Twitter.

Os dois jornalistas feridos não correm perigo de vida, segundo o primeiro-ministro, Jean Castex, que se deslocou ao local.

O suposto autor do ataque, que ocorreu cerca das 11:45 locais (local), foi detido pouco tempo depois na Praça da Bastilha, a pouca distância, e cerca de uma hora depois, um segundo suspeito foi detido no metro.

O primeiro é "o autor principal" do ataque, disse à imprensa, no local, o procurador antiterrorismo Jean-François Ricard, inicialmente identificado pela imprensa francesa como o procurador da República Rémy Heitz.

Segundo Ricard, a polícia estava a "verificar a sua relação com o autor principal".

A imprensa francesa noticiou que o principal suspeito é de origem paquistanesa e tem 18 anos, sendo conhecido das autoridades por pequenos delitos e posse ilegal de arma, e o segundo suspeito é de origem argelina e tem 33 anos.

A Procuradoria antiterrorismo de França assumiu a investigação ao ataque, abrindo um inquérito por "tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa".

A decisão, explicou o procurador, baseou-se em três fatores: a localização do ataque, junto à antiga redação do jornal satírico, o momento, visto estar a decorrer em Paris o julgamento de cúmplices do ataque ao Charlie Hebdo, e a "vontade manifesta do autor de atentar contra a vida de duas pessoas".

Em breves declarações à imprensa quando visitou o local, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, afirmou a "firme determinação" do Governo de "lutar por todos os meios contra o terrorismo e "o seu compromisso inabalável" com a liberdade de imprensa.

Durante algumas horas após o ataque, a rua esteve bloqueada por dezenas de agentes policiais armados e a população foi instada a "evitar a zona".

As escolas da zona foram encerradas por precaução, e milhares de alunos foram confinados, medida que foi levantada ao princípio da tarde.

O ataque de hoje ocorre quando decorre em Paris o julgamento dos presumíveis cúmplices do ataque à redação do Charlie Hebdo e depois de novas ameaças ao jornal, que a 2 de setembro republicou as caricaturas de Maomé por ocasião do início do julgamento.

No princípio desta semana, a diretora de recursos humanos do jornal, Marika Bret, foi retirada de casa e levada pelas autoridades para local seguro devido a ameaças consideradas sérias.

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