Portugal: A polémica Festa do Avante
- Adeildo Velôso da Silva
- 3 de set. de 2020
- 2 min de leitura
O mundo de olhos postos na Festa do Avante! Imprensa estrangeira fala em ‘autorização polémica’. PCP admite que ingressos já vendidos podem ultrapassar lotação permitida (e vão continuar à venda).

A Festa do Avante! foi notícia no jornal americano ‘The New York Times’. O artigo, cujo título é “Partido Comunista de Portugal recebe luz verde para 16.500 pessoas em evento”, indica que as autoridade sanitárias em Portugal estão a permitir um ajuntamento com um número invulgarmente elevado, em plena pandemia, na Europa.
A notícia foi publicada inicialmente pela Associated Press e depois divulgada pelo ‘The New York Times’.
Na peça lê-se que a autorização da realização da “festa anual ao ar livre” do PCP foi polémica, uma vez que as autoridades reduziram, durante meses, o número de pessoas autorizadas a participar em outros eventos públicos, sendo muitos deles cancelados.
“O anúncio veio num momento em que o Governo socialista de centro-esquerda procura apoio político de outros partidos, incluindo os comunistas, para o seu Orçamento do Estado para 2021”, indica ainda a notícia.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) já divulgou o ‘Parecer Técnico’ sobre a realização da Festa do Avante!. Todos os visitantes com mais de dez anos serão obrigados a utilizar máscara e o consumo de álcool será proibido depois das 20h.
As orientações apontam ainda para uma ocupação de 16 mil pessoas, bem como para a realização de concertos mas com a assistência sentada.
O Partido Comunista Português (PCP) admite que o número de ingressos vendidos para a Festa do Avante!, que arranca na próxima sexta-feira, poderá ultrapassar os 16.563, o número máximo de pessoas que a Direção-Geral da Saúde (DGS) impôs como lotação máxima em simultâneo para o evento.
No entanto, ao “Público”, o gabinete de comunicação do PCP assegura que essa regra será cumprida, mesmo que o partido continue por esta altura a vender ingressos. Os comunistas não adiantaram o número de bilhetes vendidos até ao momento, mas apontam que uma parte das entradas permanentes (EP) que estão a ser vendidas desde o último ano correspondem a “gestos de apoio” financeiro ao partido. Ou seja, só porque as pessoas compraram bilhete, não significa que vão de facto marcar presença na Quinta da Atalaia, no Seixal.
Assim, são “ainda alguns milhares as entradas que podem ser adquiridas, atendível a capacidade fixada”, esclarece o PCP.
"É muito polémico essa festa, ficamos em casa por quase 3 meses, por causa do contágio da covid-19, muitos eventos públicos foram cancelados, agora qual o motivo desse evento ser liberado, e o pior é que com certeza não obedecerá as regras, pois estão a vender mais do que foi autorizado".
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