Portugal: Caixões queimados e violência
- Adeildo Velôso da Silva
- 14 de nov. de 2020
- 2 min de leitura
Profissionais da restauração manifestaram-se esta sexta-feira no Porto e os ânimos exaltaram-se.

Um grupo de empresários do setor da restauração, bares e comércio arremessaram, esta sexta-feira, garrafas contra agentes da PSP e queimaram caixões durante uma manifestação na Avenida dos Aliados, no Porto.
A manifestação, que começou por volta das 16h, reuniu mais de mil empresários em protesto contra as medidas que consideram restritivas impostas pelo Governo de António Costa para travar a pandemia de Covid-19.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do movimento 'A Pão e Água', Miguel Camões, que é também presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto, afirmou que o que se passou esta tarde nos Aliados "é o exemplo claro do estado de desespero em que as pessoas se encontram neste momento".
Os ânimos acabaram, entretanto, por se acalmar, ainda antes da chegada do reforço policial. "Costa: faz outra proposta", "Estão a matar quem não tem covid" e "Nove meses para nascer, nove meses para morrer" foram alguns dos cartazes hasteados nas escadarias da Câmara Municipal do Porto e que mostram o descontentamento do setor.
Munidos de frigideiras, colheres de pau, panelas e outros utensílios, os empresários consideram as medidas de apoio anunciadas pelo Governo "insuficientes".
O país está em estado de emergência desde 9 de Novembro e até 23 de Novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 114 concelhos, número que passa a 191 a partir de segunda-feira.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23h e as 5h, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13h de sábado e as 5h de domingo e entre as 13h de domingo e as 5h de segunda-feira.
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