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Portugal: "Vai ter de voltar a haver períodos de encerramento do país"

Fernando Medina afirmou, no comentário na TVI24, que "estamos na fase mais difícil de todas da pandemia".

A pandemia da Covid-19 foi tema do habitual comentário semanal de Fernando Medina, às segundas-feiras na TVI24, com o presidente da Câmara de Lisboa a apontar que Portugal terá de voltar a passar por períodos de "encerramento".

"Acho que estamos numa fase muito difícil. Acho que estamos na fase mais difícil de todas da pandemia", considerou, justificando que o país se encontra com "uma situação real no terreno muito difícil", com "cerca de três vezes mais" infetados por dia do que tínhamos em março e Abril, destacando também o aumento do número de internados.

Além deste panorama, o presidente da Câmara de Lisboa frisou ainda que existe um "cansaço muito grande" da população: "As pessoas estão cansadas, saturadas, foram muitos meses. Já há muitas feridas do ponto de vista social".

As pessoas, segundo Medina, "tinham uma expectativa de não entrarem numa nova fase de confinamento". Por isso, "há um natural desespero de muitos, desgaste de muitos e cansaço de todos".

Contudo, e apesar deste perfil traçado, os portugueses "estão a perceber o caminho que vamos ter de fazer, com muita determinação". "Vai ter de voltar a haver períodos de encerramento do país", considerou.

"O que já assistimos neste fim de semana, que vamos assistir no próximo e é possível que voltemos a assistir. Que voltemos a assistir até de forma mais prolongada porque, verdadeiramente, não há outra forma de nós controlarmos esta evolução dos números se não fizermos isto", defendeu, acrescentando que "nenhum de nós quer estar no cenário de sermos levados a uma posição de esgotamento ou rutura do Serviço Nacional de Saúde".

A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou, na segunda-feira, a distribuição geográfica dos casos da Covid-19, uma atualização que já não era feita desde o final de outubro. Porém, agora a métrica é outra: trata-se da distribuição por concelho dos casos confirmados por cada cem mil habitantes e não de valores absolutos da infeção.

Paços de Ferreira é o concelho onde a situação é mais crítica, seguido por Lousada. Ainda assim, há nove concelhos que não registaram qualquer caso nos últimos 14 dias.

Importa ainda sublinhar que estes dados por concelho têm por base a incidência cumulativa a 14 dias, que "corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada, por concelho, a 31 de dezembro de 2019, pelo Instituto Nacional de Estatística. Habitualmente é expressa em número de casos por 100.000 habitantes.", segundo a DGS.

Estes são os 10 concelhos onde a situação é mais crítica:

  1. Paços de Ferreira (3.698 casos por 100 mil habitantes)

  2. Lousada (3.362 casos por 100 mil habitantes)

  3. Vizela (2.653 casos por 100 mil habitantes)

  4. Manteigas (2.627 casos por 100 mil habitantes)

  5. Paredes (2.132 casos por 100 mil habitantes)

  6. Penafiel (2.055 casos por 100 mil habitantes)

  7. Guimarães (1.886 casos por 100 mil habitantes)

  8. Fafe (1.787 casos por 100 mil habitantes)

  9. Santo Tirso (1.782 casos por 100 mil habitantes)

  10. Belmonte (1.766 casos por 100 mil habitantes)


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