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Reino Unido: Vacina Oxford é interrompida

Desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, uma das principais candidatas a vacina contra a Covid-19 teve experimentos interrompidos após adoecimento de um paciente que vinha recebendo a imunização em estudo.

A AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (08) que os ensaios clínicos com a vacina de Oxford, como ficou conhecida, foram suspensos após um participante do Reino Unido ter sofrido reacções adversas, segundo uma nota da empresa, trata-se de uma pausa "rotineira" na produção de vacinas no caso de algum dos pacientes ter um "adoecimento sem explicação": "É uma ação que precisa acontecer sempre que houver um adoecimento sem explicação em algum dos testes, enquanto isto é investigado, assegurando a manutenção da integridade dos experimentos".

"Estamos trabalhando para acelerar a revisão deste evento pontual, de forma a minimizar qualquer impacto no cronograma de testes."

Segundo o jornal "The New York Times", o paciente teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal, que interrompe as mensagens que os nervos da medula espinhal enviam por todo o corpo. Isso pode causar dor, fraqueza muscular, paralisia, problemas sensoriais ou disfunção da bexiga e intestino. As causas do problema incluem infecções e distúrbios do sistema imunológico que afetam os tecidos do corpo. Também pode ser causada por problemas da mielina, que é uma espécie de "capas protetora" dos neurônios, como acontece com a esclerose múltipla.

A vacina passou com sucesso das fases 1 e 2 de testes, e está actualmente na etapa 3, que normalmente envolve milhares de pacientes e pode durar vários anos. Neste caso, estavam participando dos experimentos com o projecto da AstraZeneca-Oxford 30 mil pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido, África do Sul e Brasil.

Todas instituições que participavam do experimento internacional foram colocadas em suspenso enquanto uma investigação independente analisa a segurança da vacina. Depois, agências reguladoras poderão decidir se os testes serão reiniciados ou não, explica o editor de assuntos médicos da BBC, Fergus Walsh.

Esta é a segunda vez que testes com a vacina de Oxford são suspensos, acrescenta Walsh. São acontecimentos esperados em grandes ensaios clínicos quando um voluntário é hospitalizado com alguma condição de saúde não imediatamente conhecida.

Parceira no desenvolvimento e produção da vacina de Oxford no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) comunicou em nota nesta terça-feira que "foi informada pela Astrazeneca sobre a suspensão dos testes clínicos em fase 3 e vai acompanhar os resultados das investigações sobre possível associação de efeito registado com a vacina para se pronunciar oficialmente".

A decisão do laboratório britânico ocorre no dia em que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirma que em "Janeiro a gente comece a vacinar todo mundo". O governo federal abriu crédito de cerca de R$ 2 biliões para a Fiocruz receber, processar, distribuir e passar a fabricar sozinha a vacina.

Acredita-se que os testes possam ser retomados em questão de dias.

"Em grandes testes, doenças acontecem por acaso, mas devem ser revistas de forma independente para garantir uma verificação cuidadosa", explicou um porta-voz da Universidade de Oxford.


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