Trombose: Uma em cada 4 pessoas morre de complicações
- Adeildo Velôso da Silva
- 14 de out. de 2020
- 4 min de leitura
Permanecer muito tempo parado diminui a velocidade do sangue nos vasos e pode causar trombose.

"O Dia Mundial da Trombose celebra-se no dia 13 de outubro, data escolhida pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase para assinalar um problema crescente na nossa sociedade – o tromboembolismo venoso e a fibrilhação auricular. A data coincide com o nascimento de Rudolf Virchow, um patologista alemão do séc. XIX que foi pioneiro no estudo das causas da trombose", conta José Meireles, do Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar da SPMI, neste artigo de opinião.
O tromboembolismo venoso caracteriza-se pela formação de uma trombose (ou coágulo) na veia de uma perna (ou outros locais) e que se pode libertar e alojar na circulação pulmonar (embolia pulmonar), o que pode ser fatal. Os sintomas da trombose são inchaço (edema), alterações na cor da pele (rubor) e da temperatura (calor) do membro; da embolia pulmonar são falta de ar, dor torácica, palpitações, desmaio.
A fibrilhação auricular é uma alteração no funcionamento do coração que aumenta o risco de formação de coágulos na aurícula esquerda, que se podem deslocar provocando um acidente vascular cerebral.
O tromboembolismo é considerado a terceira causa de morte cardiovascular no mundo, ultrapassando na União Europeia o número de mortes por neoplasias da próstata e da mama, SIDA e por acidentes rodoviários. Uma em cada quatro pessoas no mundo morre de complicações relacionadas com a trombose. O risco é maior nos obesos, aumenta com a idade e pensa-se que a prevalência irá duplicar até 2050.
É uma doença multifatorial complexa, assente na interação de fatores inatos com adquiridos, predisponentes para trombose. São fatores de risco elevado um internamento hospitalar por doença, cirurgia ou imobilidade, traumatismo com fratura de grande osso; moderado a idade acima dos 60 anos, história pessoal ou familiar de tromboembolismo, neoplasia e/ou quimioterapia, uso de terapêutica hormonal de substituição; ligeiro a obesidade, gravidez ou puerpério (período após o parto), tabagismo, entre outros. Os fatores inatos não são modificáveis (como algumas mutações que aumentam o risco para trombose, vulgo trombofilias); alguns dos fatores adquiridos podem ser modificados (como o tabagismo ou terapia hormonal) mas outros não, como uma intervenção cirúrgica ou uma fratura óssea.
Mais de 60% dos casos de tromboembolismo venoso estão relacionados com cuidados de saúde e, nestes casos, o risco pode ser diminuído através tromboprofilaxia, com medicamentos que diminuem o risco de formação de trombos (anticoagulantes). Já o tratamento após um episódio de tromboembolismo venoso passa pelo uso de anticoagulantes em doses superiores, geralmente por um mínimo de três meses, mas o tempo de tratamento deverá ser decidido em conjunto com o Médico, tendo em conta os fatores do doente e do evento que causou a trombose.

O que é trombose?
A trombose é uma condição que afeta o corpo humano por meio da formação de um ou mais coágulos que acabam por impedir o fluxo sanguíneo de fluir normalmente por dentro da veias e das artérias que integram o sistema circulatório.
Existem diferentes tipos de trombose sendo que eles se relacionam de acordo com área do corpo onde a trombose está localizada. Essa é uma condição que acomete mulheres com mais frequência, sendo que homens também podem apresentá-la.
Existem diferentes causas para a trombose, sendo que essa é uma condição comum após longas internações hospitalares com um amplo período de imobilidade, após viagens prolongadas em aviões e ônibus e após o uso contínuo de medicamentos anticoncepcionais e de reposição hormonal.
Pacientes fumantes, obesos e com varizes nas pernas também possuem maiores chances de desenvolver a trombose.
Quais são os tipos de trombose?
A trombose venosa profunda é o tipo mais corriqueiro de trombose, sendo que geralmente afeta uma ou mais veias localizadas na parte inferior do corpo, como as coxas e panturrilhas.
A trombose arterial é o tipo de coágulo que se forma nas artérias presentes dentro do organismo, como a aorta.
Já a trombose pulmonar acontece quando o coágulo se desloca do local onde ela se originou, como as pernas, por exemplo, e se transporta pelo corpo do indivíduo até chegar ao pulmão. Uma vez que o coágulo se instala no pulmão, o paciente pode acabar com uma condição chamada de embolia pulmonar.
Se o coágulo sai da perna, se movimenta pelo corpo e vai parar no sistema circulatório até chegar no cérebro, o paciente acaba sendo diagnosticado com trombose cerebral.
Onde a trombose pode acontecer?
Como a trombose acomete o sistema circulatório, o paciente pode apresentar trombose em qualquer lugar de seu organismo onde existam veias e artérias. Essa é uma condição mais comum nos membros inferiores, como coxas e pernas. Mas, o paciente pode também apresentar trombose nos pés e trombose nos braços. Quais são os sintomas de trombose?
Nem sempre o paciente que possui trombose apresenta sintomas. Quando isso acontece, é comum que ele sinta:
– Dor; – Inchaço corporal; – Ardência; – Calor no local do coágulo; – Alteração na cor da área do coágulo, que pode ficar vermelha, azul ou arroxeada; – Rigidez na musculatura da região e – Se o coágulo vai até o pulmão, o paciente pode apresentar ainda dor no peito e nas costas, tosse com sangue e respiração curta e rápida.
Como é o tratamento da trombose?
Existem dois tipos de trombose, quando o assunto é o tratamento: a aguda e a crônica.
A trombose aguda é uma variedade da doença capaz de se curar sozinha, apenas seguindo-se as recomendações médicas e sem precisar fazer uso de medicamentos.
Já a trombose crônica precisa de um acompanhamento mais sério, fazendo o uso de medicamentos anticoagulantes que auxiliem o paciente a voltar às suas condições normais.
De forma geral, a trombose tem cura e basta seguir as recomendações médicas e fazer o uso correto da medicação para obtê-la.
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